Pesquisas demonstram queda em consumo e confiança do empresário em abril
Pesquisas mensais mostram quedas nos índices gerais da Capital, Palmas, e aumento no endividamento
As pesquisas mensais realizadas pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins registraram em abril queda no índice geral de intenção de consumo das famílias e na confiança do empresário do Comércio, lembrando que os dados foram colhidos nos últimos dez dias do mês de março, início da paralisação do comércio na Capital. O índice geral de endividamento e inadimplência dos consumidores foi o único que registrou aumento, porém de apenas 0,8%.
Para o presidente da Fecomércio, Itelvino Pisoni, o reflexo econômico da pandemia deverá ser sentido cada vez mais ao longo das próximas pesquisas. “Os dados foram colhidos nos últimos dias de março, ou seja, ainda não dava para prever economicamente como seriam os próximos passos, tanto para os consumidores quanto para as empresas. Nos próximos meses, as pesquisas devem registrar quedas ainda maiores. É um cenário avassalador, estamos profundamente preocupados com os reflexos econômicos dessa pandemia”, disse.
Na ICF, pesquisa relacionada ao consumo das famílias, todas as variações foram negativas, exceto o item “emprego atual” que cresceu 0,3%. Os maiores destaques negativos foram os itens: perspectiva profissional (-14,7%), perspectiva de consumo (-9,2%) e nível de consumo atual (-7,5%). O índice geral da pesquisa ficou em 95,1 pontos, decréscimo de 4,3 pontos comparado a março.
Já a ICEC, pesquisa que mede a confiança do empresário, a queda foi de 1,6%. Dentre os empresários pesquisados, 65,2% consideram seus estoques adequados, o que em tempos de pandemia não é tão bom. Itelvino explica, “Nesse momento de crise intensa e comércios ainda fechados, os empresários devem reavaliar seus custos e buscar liquidar seus estoques, principalmente os que são perecíveis, para tentar minimizar os prejuízos”.
Por outro lado, o endividamento subiu 0,8% de acordo com a pesquisa que mostrou que 69,8% dos palmenses estão com dívidas. Desse total, 13% disseram estar com contas em atraso e apenas 0,2% que não terão condições de quitar essas contas atrasadas. O ranking das principais dívidas continua o mesmo: cartão de crédito (80%), financiamento de carro (19%) e financiamento de casa (16,9%). O tempo de atraso médio das dívidas ficou em 49,7 dias, sendo o comprometimento médio com dívidas de 7,8 meses. Por fim, o comprometimento médio da renda com essas dívidas foi de 33,3%.