CNC revisa para baixo previsões de vendas
Em julho, o volume de vendas no comércio varejista brasileiro caiu -1,2% na comparação com junho, já descontados os efeitos sazonais, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada hoje (16) pelo IBGE. A queda no mês foi puxada pelos ramos de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-5,5%) e de móveis e eletrodomésticos (-1,7%). Esse foi o pior desempenho do chamado varejo restrito para um mês de julho desde 2000.
"A combinação perfeita entre inflação elevada, juros recordes e confiança do consumidor nos pisos históricos tem marcado o ano de 2015 como o de pior desempenho do setor varejista em mais de uma década", destaca Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que revisou de -6,5% para -6,7% sua estimativa de variação no volume total de vendas do varejo em 2015. Excluídos os segmentos de veículos e de materiais de construção, a entidade espera uma retração de 2,9% no volume de vendas ao final deste ano, contrastando com os -2,4% projetados anteriormente.
Preços influenciaram na queda de hiper e supermercados
O segmento de hiper e supermercados - o mais importante na composição da receita total do varejo - sobressaiu-se na PMC, ao registrar perda mensal (-1,2%) decorrente da variação de preços (+1,1%) acima da média dos demais setores. Por outro lado, o varejo ampliado, que apropria os resultados do comércio automotivo (+5,1%) e de materiais de construção (-2,4%), acusou variação de +0,6% na mesma base comparativa - o seu primeiro resultado positivo no ano.
No acumulado de 2015 o varejo registra retração de -2,4%, e as atividades que mais têm contribuído para esse resultado são: móveis e eletrodomésticos (-11,5%) e combustíveis e lubrificantes (-3,3%). Regionalmente, as maiores quedas no varejo restrito estão ocorrendo no Centro-Oeste (-5,5%) e no Nordeste (-3,8%), destacando-se, nesse quadro, os desempenhos nos Estados de Goiás (-9,2%), Paraíba (-7,2%) e Mato Grosso (-6,5%). Considerando-se todos os dez segmentos cobertos pela PMC, o setor automotivo ainda é o grande destaque negativo do ano, acumulando encolhimento de 15,3% nas vendas.
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(Fonte: www.cnc.org.br)